Um pouco sobre o projeto.
Estas fotos são de um painel em andamento feito pelos artistas urbano Mirage e Jamu, da cidade de São Paulo, a convite dos graffiteiros DrillDrix e Américo Neto, de Itanhaém/SP, para colorir a cidade com seus trabalhos, que foi dado início em 28 e 29/01/17 (sábado e domingo).
Este painel faz parte do projeto que esta sendo desenvolvido pelos próprios grafiteiros com intuito de trazer artistas de diversas regiões para presentear a cidade de Itanhaém/SP com suas artes.
Um pouco da visão sobre a arte
Por: Júlia Pocius
Arte de rua, criticada por diversas pessoas tanto de forma positiva como de forma negativa. Me pergunto porque algo deveras magnifico, pelo menos ao meu ver, é tão marginalizado por tantas pessoas.
Já presenciei alguns encontros de grafiteiros e não precisei comparecer em muitos para entender o quão importante é essa forma de arte nos dias de hoje. Quero dizer, em um mundo capitalista onde parte da população busca satisfação através de dinheiro, coisa que vem se tornando cada vez mais corriqueira, existem pessoas que trabalham com objetivos um pouco mais humanitários e não me refiro apenas aos grafiteiros, ainda existem pessoas que acreditam nos benefícios não só individuais de seu trabalho, sem focar de forma malsã na grande corrida por fundos monetários; Porem como esse texto se refere ao grafite gostaria de compartilhar a minha visão sobre este mundo e o porque de achar uma forma de arte tão importante.
Acredito que o Grafite não é apenas um trabalho artístico mas também social, já que são considerados trabalhos sociais aqueles que promovem melhorias as condições das relações humanas, culturais entre outras. No dia em que estas fotos foram tiradas pude notar o quanto pessoas de fora se envolvem tanto indiretamente quanto diretamente no trabalho destes artistas. Quantas pessoas seguem seu caminho sem parar um segundo para olhar o que acontece a sua volta? Clichê, porem real.
Enquanto o painel era feito, pessoas que passavam pela rua não só olhavam mas diminuíam os passos para observar com mais atenção, até mesmo os que passavam de carro diminuíam a velocidade. Sem falar nas pessoas que apareceram para fotografar e comentar sobre o trabalho. Houve um senhor que me chamou atenção, mais que as outras pessoas que de certa forma se envolveram com o trabalho, ele passava de bicicleta e perguntou sobre as tintas e sobre o processo de pintura do artista Mirage, durante a conversa que ele estava tendo com meu pai, que estava presente para assistir o desenvolvimento do painel, sentiu vontade de compartilhar seus conhecimentos pois trabalha com pintura de paredes e ainda ofereceu ajuda emprestando por vontade própria um rolo de maior alcance que os outros que estavam sendo utilizados. Percebe como o trabalho destes artistas também desenvolve uma inclusão social?
Não foram apenas esses acontecimentos durante a produção do painel que me fizeram ver o grafite como um trabalho social, mas também caminhar pelas ruas onde existem diversos grafites e perceber que não só eu mas outras pessoas se envolvem com essas perolas de arte espalhadas por cidades. Lembro-me de quando estava morando em São Paulo e durante meu horário de almoço ficava observando as paredes de um viaduto eram tantas informações de diferentes artistas, todas ali disponíveis para quem estivesse disposto a dar um break. Poderíamos viver em um labirinto de paredes vazias mas por sorte existem pessoas que espalham por estas uma arte carregada de informações, sejam culturais, estéticas, poéticas e até mesmo criticas sociais.
Bom o que quero dizer é que na minha visão grafite é uma arte que proporciona não apenas benefício próprio mas também geral da sociedade envolvendo muitos de forma direta e indireta sempre mostrando diversas maneiras de pensar e se expressar, depositando muitas vezes uma educação cultural abrangente. Não podemos esquecer que grafite também é cultura.
Agradeço a todos os grafiteiros por tudo que já foi dito acima mas também por mostrar que a liberdade de expressão existe até mesmo em paredes mundo a fora e agradeço por colorir as ruas com seus estilos, pensamentos, ideologias, emoções, criatividade e muito mais.
Este post foi uma introdução do que ainda esta por vir. Logo mais serão postadas fotos do painel completo e informações sobre o processo de criação do mesmo e também um pouco sobre o projeto, tudo contado pela artista urbana DrillDrix.
Texto e Fotos: Júlia Pocius
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