Confira a Entrevista do Rapper Rica Silveira no Projeto “Vocês Escolhem, Vocês Decidem” – (Clique e Compartilhe)
Projeto Vocês Escolhem, Vocês Decidem.
E o escolhido foi diretamente da Baixada Santista o Rapper Rica Silveira
1 – OH2C: Primeiramente Rica, gostaríamos de agradecer a sua participação no projeto “Vocês Escolhem, Vocês Decidem” certo, e vamos começar mandando a primeira pergunta que nos encaminharam que foi: Você sempre teve uma forte ligação com o pessoal do hardcore, punk, etc, conte pra nós como foi unir esses 2 gêneros musicais em sua trajetória?
Rica Silveira: Salve Portal e geral conectada, eu que agradeço pela oportunidade, satisfação. Bom, tudo começou pelo fato de eu ter um irmão dez anos mais velho, e ele sempre foi muito interessado por música, assim como os meus pais, cresci rodeado de discos e instrumentos musicais, comecei a estudar violão com 8 anos, na sequência tentei guitarra, gostava muito de escutar bandas de punk e hardcore, até que em 1990 conheci o Public Enemy, depois Beastie Boys, Ice T, L.L Cool J, Fat Boys, Run DMC, Thaíde & Dj Hum, Pepeu, entre outros. Em 1993 montei meu primeiro grupo de Rap chamado ‘Gangster Rap MC’s’ em São Paulo, de lá pra cá sempre transitei entre o movimento Hip Hop e o Punk, passando por diversas bandas, grupos, alguns projetos paralelos, até iniciar um trabalho solo pela primeira vez em 2015 aqui na Baixada Santista.
2 – OH2C: Entre as décadas de 80 a 90 o Hip Hop ficou bastante conhecido por usar instrumentos musicais, tais como baixo, bateria, guitarra, através do grupo Câmbio Negro de Brasília/DF e até mesmo do Pavilhão 9 de SP, você Rica teve esses 2 grupos como referência?
Rica Silveira: Com certeza, mas também fui influenciado por bandas gringas como Body Count (banda de rap metal do Ice T), Rage Against The Machine, o próprio Beastie Boys e grupos que não usavam instrumentos, mas se lançaram com a proposta de misturar estilos, como o RPW, Código 13, Professor Antena. Porém, a primeira banda brasileira que conheci que misturava rock com rap foi a G.U.E.T.O.
3 – OH2C: Em seu histórico no ano 2016 você lançou a coletânea “Da Baixada Santista Hip Hop Vol.1”, onde na qual você foi idealizador e produtor fonográfico, pra 2018 você pensa em voltar com o projeto e lançar não só o Vol.2, mais também outros trabalhos em prol do crescimento do hip hop?
Rica Silveira: O processo de produção da coletânea “Da Baixada Santista Hip Hop Vol.2” já está andamento, era pra sair ainda em 2017, mas vai acabar ficando para 2018. Pretendo sim lançar outros títulos, não apenas coletâneas, é uma pena os álbuns físicos não terem mais saída de venda como antigamente, isso atrapalha o desenvolvimento do selo que tenho.
4 – OH2C: Ano passado você assinou com a Vevo “site de vídeos musicais e entretenimento”, conte-nos um pouco sobre essa grande parceria.
Rica Silveira: A Vevo é a maior plataforma audiovisual do mundo, os gigantes da música estão ali, é muito gratificante poder fazer parte disso, tendo em vista que meu trabalho ainda é novo, estar engatinhado e já possuir uma estrutura do porte da Vevo para transmitir os meus vídeos é muito legal!
5 – OH2C: Falando em site de vídeos musicais, recentemente você lançou o clipe Todos Nós Somos, onde no qual foi produzido em parceria com uma marca de streetwear da baixada santista chamada Los Santos, e consequentemente foi o único rapper santista selecionado para a 2º Mostra Hip Hop de Cinema SP, como foi ter esse reconhecimento?
Rica Silveira: A Los Santos é uma das poucas marcas de Santos que apoia de fato os artistas locais, fazer este clipe foi uma experiência bem marcante, conseguimos reunir diversos músicos da região em cena, pessoas distintas, de vários estilos. Ser selecionado para a Mostra de São Paulo foi satisfação total, reconhecimento pro Rap de Santos.
6 – OH2C: Na sua visão geral, o que você acha que falta hoje no Hip Hop e claro dentro do RAP?
Rica Silveira: Acredito que se comparado aos anos 90, não falta mais nada, hoje temos infinitos projetos dentro do Hip Hop como movimento, bem mais estrutura do que antigamente; no Rap, veja o número de batalhas espalhadas pelo Brasil; pra quem produz, a tecnologia facilitou muito, sem grandes investimentos, hoje qualquer pessoa pode ir ao estúdio, ou montar seu próprio home e sair gravando, depois é só distribuir na internet; o número de shows de Rap pelo Brasil também é surpreendente. Eu poderia chegar aqui com aquele discurso antigo do “eu acho que falta união”, mas na minha visão, o Rap e o Hip Hop nunca tiveram tanto espaço como nos dias de hoje.
7 – OH2C: De uns tempos pra cá, o RAP voltou com força na baixada santista, vendo pelo lado de shows etc., mas ainda falta a presença dos manos e das minas nos eventos, na sua concepção o que está faltando, pra lotar como antigamente?
Rica Silveira: Pelo fato de eu ser de São Paulo e ter vindo morar em Santos no ano de 2015, não consigo usar o passado como parâmetro de referência, mas acredito que a internet, o celular, a live do facebook e as redes sociais, deixaram as pessoas mais reclusas, também tem a crise, sair de casa para um bom show tem custo de entrada, consumo e etc., muita gente está sem grana, principalmente a juventude, que é a mais que consome esse tipo de atividade.
8 – OH2C: Recentemente você lançou um curta-metragem que contou a sua história de músico, onde trouxe até depoimentos de bandas conhecidas tanto do hardcore quanto do rap tais como: Inocentes e até do lendário grupo de rap bate-cabeça RPW, conte-nos um pouco sobre.
Rica Silveira: Mó satisfação né? Fiquei lisonjeado com a iniciativa do diretor de cinema Rodrigo d’Sales Monteiro de fazer e produzir este documentário, ainda estou engatinhando em carreira solo, mas de estrada ano que vem completo 25 anos, tive a oportunidade de conhecer praticamente 80% do Brasil em turnês com as bandas que participei, viajar duas vezes para a Argentina e uma para a Europa, lancei diversos álbuns com elas também, então, assim, tem bastante história que merecia de fato ser documentada, ficou muito legal o filme. Por enquanto, ainda não podemos libera-lo na internet, os festivais de cinema não aceitam filmes que estejam na rede, vamos rodar 2018 com ele e depois soltaremos na internet.
9 – OH2C: Ano de 2017 praticamente acabando, o que podemos esperar do rapper Rica Silveira em 2018?
Rica Silveira: Pretendo conseguir lançar meu primeiro álbum, só com faixas inéditas, vamos ver se será viável, 2017 foi bem legal, trabalhei bastante.
10 – OH2C: Pra finalizar Rica, deixe aqui um salve a todos que estão conectados no Portal OH2C.
Rica Silveira: Um grande salve pra geral, valeu Rafa, valeu Portal OH2C… Era uma vez um homem e seu tempo, paz! 😉
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